A publicidade digital precisa urgentemente de um “sistema operacional” com APIs abertas para funcionar de forma eficiente e amenizar os efeitos nocivos da pulverização predominante no setor. Quem aconselha é o banqueiro de investimentos Terence Kawaja, que esteve nesta quinta-feira (29/9/11) em São Paulo como palestrante do Digital Age 2.0 2011. O fundador e CEO da empresa de capital de risco Luma Partners abriu o segundo e último dia da conferência de comunicações e marketing realizada pela Now! Digital Business.
“Acho que temos uma liçao a extrair do mundo do desenvolvimento: um grupo de 12 desenvolvedores em Helsinque, sem vendas nem RH, construiu o Angry Birds. Eles distribuiram em plataformas padrão, iOS 5 e Android. Tiveram 350 milhões de downloads e são donos da marca que cresceu mais rapidamente nos últimos tempos. A publicidade precisa de um sistema operacional com APIs abertas e canais mais eficientes. A questão é: quem vai fazer isso? Google? Um sistema neutro? Ainda não sabemos”, diz.
Com tal “advertising OS”, os mercadores e as agências poderiam atingir a mídia e os consumidores de forma mais simples, defende Kawaja. Seria uma alternativa aberta à “desintermediação” trazida pelo Facebook ou, mais recentemente, pelo G+, e um antídoto à pulverização que domina o setor.
Inovação na veia
“Hoje no mapa da Luma há centenas de empresas entre mercadores e os publishers e os consumidores. É uma situação muito fragmentada e confusa”, avalia. “Mas há um fator em comum: por todas essas empresas corre a inovação. Obviamente a fragmentação é ineficiente para o ecossistema. Precisamos de inovação e também de consolidação para simplificar a compra de publicidade online.”
A diversidade também ocorre em outras frentes. A Luma, por exemplo, mapeou 320 fontes de capital de risco. “Cerca de 4,7 bilhões de dólares têm sido investidos nos últimos cinco anos. São 8,5 bilhões de reais. É muito dinheiro”, diz. Aqui, a fragmentação não é problema, a duplicação de esforços é que é, sustenta Kawaja. “A startup passa por uma rodada A de investimentos para provar que a tecnologia funciona; depois, por uma rodada B para construir a empresa e, em seguida, por uma rodada C para construir a força de vendas.”
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http://www.digitalage20.com.br/2011/151/terence-kawaja-investidor-de-risco-a-publicidade-online-precisa-de-um-sistema-operacional-aberto/
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